Mesmo antes do assalto
neste fim de semana a quatro nadadores americanos, incluindo o
medalhista de ouro Ryan Lochte, uma série de crimes tinha chamado a
atenção para as falhas do Brasil ao oferecer segurança nos Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro.
Mas para muitos nesta cidade exausta com a criminalidade permanece uma pergunta maior: o que acontecerá depois dos Jogos?
Para conter o crime em torno da Olimpíada, o Brasil mobilizou um
aparelho gigantesco de segurança no Rio, duas vezes maior que o usado
nos Jogos de Londres em 2012.
Sabendo da reputação do Rio pelos
crimes violentos, os brasileiros mobilizaram 85 mil seguranças,
incluindo 23 mil soldados que patrulham a cidade, alguns em veículos
militares, além de helicópteros e navios de guerra que vigiam as praias
mais populares da cidade.
Mas mesmo
antes do início dos Jogos, o Rio enfrentou nos últimos meses um surto de
ilegalidade que abalou os moradores e as autoridades.
Com a
economia em crise, os assaltos e roubos nas ruas saltaram 42% em maio,
com 10.000 roubos naquele mês. E depois de anos de queda no número de
homicídios os assassinatos aumentaram mais de 7% no primeiro semestre,
com mais de 1.500 pessoas mortas.
Enquanto persiste o medo da
violência nas ruas e as batalhas armadas assolam as favelas do Rio,
alguns brasileiros se preocupam com o que acontecerá depois dos Jogos,
quando os soldados forem removidos e a cidade ficar por conta própria
para enfrentar a crise financeira.
As finanças do Rio estavam tão ruins antes dos Jogos que a cidade
declarou estado de calamidade. As verbas tinham se esgotado, enquanto
policiais e bombeiros protestavam contra atrasos nos pagamentos
segurando placas no aeroporto que diziam aos visitantes "Bem-vindos ao
inferno".
Fonte:Uol
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